Não é à toa que as três primeiras corretoras no ranking de Finanças Mais sejam ligadas a grandes bancos. Porte e escala da operação para reduzir custos são essenciais nesse segmento e ganharam relevância nos últimos anos. A maior corretora independente do mercado, a XP Investimentos, agora tem como sócio o Itaú Unibanco, que pagou R$ 6,3 bilhões por 49% das ações. A concorrência tende a ficar cada vez mais acirrada entre as corretoras em um mercado que não cresce tanto. Na renda variável, a bolsa voltou a subir em 2016, mas vinha de três anos consecutivos perdendo valor e investidores. Do lado da renda, empresas e bancos tiveram necessidade de captar menos e, portanto, de emitir menos papéis para investimentos.

O destaque em 2016 na Itaú Corretora – a primeira colocada – foi o crescimento na base de clientes, segundo Claudio Sanches, diretor do Itaú Unibanco. “Registramos alta de 10% sobre 2015”, comenta. “Entre os fatores que justificam o crescimento está a distribuição de renda fixa privada de terceiros por meio da corretora.” Dos clientes, 98% são correntistas do Itaú Unibanco, percentual que vem se mantendo estável nos últimos anos.

A corretora fechou 2016 com patrimônio líquido de R$ 1,364 bilhão, estável sobre 2015 e com avanço de 16% na receita com serviços, a R$ 353 milhões. “O aumento da base de clientes e a concentração do relacionamento com o banco tiveram reflexo positivo no crescimento da receita”, explica Sanches, lembrando como positivo o forte incremento da indústria de fundos de investimento em 2016. “A demanda menor de crédito no mercado fez com que os bancos reduzissem a necessidade de captação, emitindo menos papéis, o que favoreceu os fundos.”

Em 2017, segundo o executivo, a corretora registra crescimento relevante tanto em volume negociado quanto em quantidade de clientes ativos e ativos em custódia. “O cenário macroeconômico tem contribuído para o aumento dos negócios e continuamos acreditando que essa é a tendência.”
Já na J. Safra Corretora, do Banco Safra, segunda no ranking, 2016 foi marcado por avanço na maior parte dos indicadores. O lucro líquido saltou 29% sobre 2015, a R$ 22 milhões. Na mesma base de comparação, o patrimônio líquido avançou 18%, a R$ 141 milhões. A receita de serviços subiu 50%, a R$ 42 milhões, mas houve redução de 30% nos ativos totais, para R$ 348 milhões.

Avanço geral nos indicadores também foi a marca da Bradesco Corretora (terceira colocada). “O ano de 2016 trouxe melhora substancial dos números na comparação com 2015, em todas as áreas de atuação, além de termos registrado ganhos nas diversas linhas de negócio que medimos, como os segmentos de varejo e institucional, com receita avançando dois dígitos”, diz Ricardo Siqueira Lanfranchi, diretor da empresa.

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