De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), havia 19,6 milhões de idosos no País em 2010 e a estimativa é de que, em 40 anos, esse contingente mais que triplique, para 66,5 milhões de pessoas. Com o aumento da expectativa de vida, cresceu também a busca por planos de previdência privada como complemento. Além disso, a reforma da Previdência Social, em andamento no Congresso Nacional, também deve contribuir para a busca por planos privados. “Estamos vendo o crescimento há algumas décadas e isso está relacionado também a questões como planejamento tributário e sucessório”, considera o diretor-geral da Bradesco Vida e Previdência e da Bradesco Capitalização, Jorge Nasser.

O Bradesco Vida e Previdência lidera o ranking da categoria previdência de Finanças Mais. Com uma carteira de 2,6 milhões de participantes, a instituição viu sua receita em previdência aumentar 8% em 2016 na comparação com 2015, atingindo faturamento de R$ 36,4 bilhões. A expectativa para 2017, diz Nasser, é manter a taxa de crescimento dos anos anteriores, que variou entre 8% e 10%.

Para o executivo, com menos pessoas nascendo e menos pessoas entrando no mercado de trabalho, há, portanto, menos profissionais na ativa para financiar a aposentadoria pública. E a tendência é que a busca por previdência privada aumente ainda mais nos próximos anos. “A reserva de previdência privada no Brasil corresponde a 12% do PIB. Em países como Estados Unidos chega a 84,5% e no nosso vizinho Chile, a 68%”, comenta Nasser.

Para atingir o público com menor poder aquisitivo, o Bradesco informa ter planos como o Previ Classic, um produto popular, a partir de R$ 79 por mês. “Temos produtos que atendem o público jovem, o trabalhador com renda menor e o de alta renda, com planejamento sucessório e tributário”, diz Nasser.

A Brasilprev Seguros e Previdência, segunda no ranking, contabilizou em 2016 lucro líquido de R$ 1 bilhão, crescimento de 17,2% em comparação a 2015. “Nos últimos dez anos, temos crescido 20% ao ano e dois efeitos contribuem para isso: o aumento demográfico no mundo inteiro, com a elevação no número de idosos, e melhor educação financeira, com a previdência privada aparecendo como um produto bastante interessante do ponto de vista do benefício fiscal”, diz Paulo Valle, presidente da Brasilprev.

De acordo com o executivo, a instituição tem 1,94 bilhão de participantes. Ele lembra que a migração da renda fixa para a previdência é crescente, porque as pessoas buscam aplicação de longo prazo e que tenham melhor retorno. “Quando se fala em investimentos de mais de dez anos, a previdência privada aparece como ótima opção na comparação com outros investimentos”, afirma Valle.

“A reserva de previdência privada no Brasil corresponde a 12% do PIB. No vizinho Chile, chega a 68%” – Jorge Nasser, diretor-geral da Bradesco Vida e Previdência

 

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